Palestra Terence Reis, da Ponto Mob
"Mobile ampliando Relacionamento"
Terence
Reis entrou na sala para falar sobre o universo mobile com o qual sua empresa,
a Ponto Mob, trabalha desde a época remota dos ringtones. Seu objetivo era
ampliar nossos conceitos sobre mobile marketing e nos convencer de que ações
mobile podem ser alternativas inteligentes para engajar consumidores e
estreitar o relacionamento que eles possuem com as marcas.
Citando
Instagram, - serviço que fora adquirido pelo Facebook por uma quantia
bilionária - Terence evidenciou ainda mais esse cenário em que os Smartphones
mudam a forma com a qual os consumidores se relacionam com as marcas. Segundo
ele, o consumidor desses novos serviços como o Instagram são os mesmos que
consomem produtos tradicionais, e cabe à nós aproximá-los desses produtos cada
vez mais.
A
interação com a marca é vista como algo muitas vezes indesejável, desagradável
e inconveniente. Então a pergunta que fica é “Será possível atingir esse
público sem causar nenhum desconforto?”. De acordo com o diretor da Ponto Mob
sim, basta entendermos os diversos usos do celular, as leis que regem os
avanços tecnológicos e os passos necessários para a implantação de ações
mobile.
O celular
tem hoje a capacidade incrível de inserir seu usuário em um estado descrito por
Terence como “Flow”, um engajamento que resulta no envolvimento completo do
usuário com o conteúdo ou serviço ofertado. O celular representa hoje
facilidade e monitoramento simples. Eliminando distâncias, e é capaz até de
reduzir a quantidade de papel usada no dia-a-dia. Esta é considerada uma
consequência não esperada, descobrir que os smartphones também são ecológicos.
O celular pode ser usado para controlar o uso de energia, monitorar ambiente,
humidade e temperatura. A previsão é de que, futuramente não será mais preciso utilizar
o ingresso no formato impresso, pois este será substituído pelo celular.
Além
disso, os avanços tecnológicos foram essenciais para esse novo paradigma. O
próprio Terence mudou a estratégia do seu negócio após perceber que o universo
mobile tinha se expandido para algo além de envio de mensagens instantâneas,
observando o potencial dos Smartphones. Agora ele analisa as tendências através
de leis como a Lei de Moore, a Lei de Metcalfe e a Lei de Nielsen, que estudam
o tempo em que se desenvolvem a capacidade de processamento, o número de
usuários e a velocidade de conexão. Acredita-se que a capacidade de um chip vai
dobrar a cada dois anos, e seu custo vai diminuir. É um avanço inevitável.
Daqui a alguns anos o computador vai ter a mesma capacidade do cérebro, o mesmo
se aplica para celulares.
O celular
tende a melhorar cada vez mais e com isso, a interação entre as pessoas só
aumenta – em qualquer lugar e a qualquer hora. Todo esse avanço leva a uma
mudança na estrutura da Web. O universo deixou de ser um universo de conteúdos,
mas de interação e ações. Transforma-se numa praça para interagir com outras
pessoas. Hoje, discute-se muito sobre a Web 3.0 e como celular esta tão integrado
no nosso cotidiano. O que nos interessa não é só o conteúdo, mas estar em
contato com as pessoas.
Porém
não basta investir em mobile para que sua marca obtenha um retorno adequado.
Para gerar esse valioso engajamento, a empresa deve estar ciente do seu terreno
de atuação e encontrar seu espaço para criação de conteúdo, gerando uma
interação cada vez maior e melhor. É importante reforçar que hoje, é primordial que você encontre seu
espaço/nicho, enxergar uma oportunidade e fazer algo a respeito.
Terence
coloca em alguns passos, como é possível gerar o engajamento:
-Branded Utility
-Entretenimento
-Serviços
-Relacionamento
-Extensão de conteúdo
Ele aponta que o Branded Utility e
o Entretenimento são opcionais, pois estão entrando num território que não é o
habitual. E os Serviços, Relacionamento e Extensão de conteúdo são obrigações,
pois se existe mais um canal no meio em que a empresa atua, é necessário
estender o conteúdo nesse canal, e assim criar o relacionamento e integrar o
serviço.
E, mesmo que já se tenha descoberto seu espaço, os
desafios ainda existem. Terence pode listar alguns:
- Conteúdo: você vai conseguir agir nesse conteúdo?
- Integração: Os meios estão integrados com as demais propriedades da empresa? Nada em nenhum meio sozinho (com exceção da TV) consegue sobreviver.
- Awareness/divulgação: utilizar a mídia adequada
- Paciência: precisa de tempo. A mídia no celular e redes sociais é a mais eficaz.
Terence
nos convence que investir em Mobile Marketing é algo cada vez mais interessante.
Ele sugere que comecemos pela experiência da empresa, para definir o espaço de
atuação e os recursos, e só então construir o produto que irá ampliar o
relacionamento da marca com o consumidor. É um esforço que pode exigir bastante
estudo e criatividade, mas que muda a forma como a marca é vista pelo
consumidor.
Clarissa Pellegrini, Marlon Brambilla, Nathan Wang, Lucas Rosa, Marcela Carneiro e Eduardo Trevisan.
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