quarta-feira, 18 de abril de 2012

Terence Reis

Palestra Terence Reis, da Ponto Mob

"Mobile ampliando Relacionamento"

Terence Reis entrou na sala para falar sobre o universo mobile com o qual sua empresa, a Ponto Mob, trabalha desde a época remota dos ringtones. Seu objetivo era ampliar nossos conceitos sobre mobile marketing e nos convencer de que ações mobile podem ser alternativas inteligentes para engajar consumidores e estreitar o relacionamento que eles possuem com as marcas.


Citando Instagram, - serviço que fora adquirido pelo Facebook por uma quantia bilionária - Terence evidenciou ainda mais esse cenário em que os Smartphones mudam a forma com a qual os consumidores se relacionam com as marcas. Segundo ele, o consumidor desses novos serviços como o Instagram são os mesmos que consomem produtos tradicionais, e cabe à nós aproximá-los desses produtos cada vez mais.

A interação com a marca é vista como algo muitas vezes indesejável, desagradável e inconveniente. Então a pergunta que fica é “Será possível atingir esse público sem causar nenhum desconforto?”. De acordo com o diretor da Ponto Mob sim, basta entendermos os diversos usos do celular, as leis que regem os avanços tecnológicos e os passos necessários para a implantação de ações mobile.
O celular tem hoje a capacidade incrível de inserir seu usuário em um estado descrito por Terence como “Flow”, um engajamento que resulta no envolvimento completo do usuário com o conteúdo ou serviço ofertado. O celular representa hoje facilidade e monitoramento simples. Eliminando distâncias, e é capaz até de reduzir a quantidade de papel usada no dia-a-dia. Esta é considerada uma consequência não esperada, descobrir que os smartphones também são ecológicos. O celular pode ser usado para controlar o uso de energia, monitorar ambiente, humidade e temperatura. A previsão é de que, futuramente não será mais preciso utilizar o ingresso no formato impresso, pois este será substituído pelo celular.
Além disso, os avanços tecnológicos foram essenciais para esse novo paradigma. O próprio Terence mudou a estratégia do seu negócio após perceber que o universo mobile tinha se expandido para algo além de envio de mensagens instantâneas, observando o potencial dos Smartphones. Agora ele analisa as tendências através de leis como a Lei de Moore, a Lei de Metcalfe e a Lei de Nielsen, que estudam o tempo em que se desenvolvem a capacidade de processamento, o número de usuários e a velocidade de conexão. Acredita-se que a capacidade de um chip vai dobrar a cada dois anos, e seu custo vai diminuir. É um avanço inevitável. Daqui a alguns anos o computador vai ter a mesma capacidade do cérebro, o mesmo se aplica para celulares.
O celular tende a melhorar cada vez mais e com isso, a interação entre as pessoas só aumenta – em qualquer lugar e a qualquer hora. Todo esse avanço leva a uma mudança na estrutura da Web. O universo deixou de ser um universo de conteúdos, mas de interação e ações. Transforma-se numa praça para interagir com outras pessoas. Hoje, discute-se muito sobre a Web 3.0 e como celular esta tão integrado no nosso cotidiano. O que nos interessa não é só o conteúdo, mas estar em contato com as pessoas.

Porém não basta investir em mobile para que sua marca obtenha um retorno adequado. Para gerar esse valioso engajamento, a empresa deve estar ciente do seu terreno de atuação e encontrar seu espaço para criação de conteúdo, gerando uma interação cada vez maior e melhor. É importante reforçar que hoje, é primordial que você encontre seu espaço/nicho, enxergar uma oportunidade e fazer algo a respeito.
Terence coloca em alguns passos, como é possível gerar o engajamento:
-Branded Utility
-Entretenimento
-Serviços
-Relacionamento
-Extensão de conteúdo
Ele aponta que o Branded Utility e o Entretenimento são opcionais, pois estão entrando num território que não é o habitual. E os Serviços, Relacionamento e Extensão de conteúdo são obrigações, pois se existe mais um canal no meio em que a empresa atua, é necessário estender o conteúdo nesse canal, e assim criar o relacionamento e integrar o serviço.
E, mesmo que já se tenha descoberto seu espaço, os desafios ainda existem. Terence pode listar alguns:

- Conteúdo: você vai conseguir agir nesse conteúdo?
- Integração: Os meios estão integrados com as demais propriedades da empresa? Nada em nenhum meio sozinho (com exceção da TV) consegue sobreviver.
- Awareness/divulgação: utilizar a mídia adequada
- Paciência: precisa de tempo. A mídia no celular e redes sociais é a mais eficaz.

Terence nos convence que investir em Mobile Marketing é algo cada vez mais interessante. Ele sugere que comecemos pela experiência da empresa, para definir o espaço de atuação e os recursos, e só então construir o produto que irá ampliar o relacionamento da marca com o consumidor. É um esforço que pode exigir bastante estudo e criatividade, mas que muda a forma como a marca é vista pelo consumidor.

Clarissa Pellegrini, Marlon Brambilla, Nathan Wang, Lucas Rosa, Marcela Carneiro e Eduardo Trevisan.

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