Em parceria com o Grupo Bandeirantes, o
Jornal Metro é distribuído diariamente em 22 países, 131 cidades do mundo,
sendo 8 no Brasil. Está inserido no grupo de jornais ‘gratuitos’, já que esta é
sua maior característica, além da limitação na quantia de exemplares impressos
por dia e horário de distribuição – geralmente das 7h às 9h, dependendo do
estado. Ou seja, a equipe do Metro
acredita que pela gratuidade gerar interesse, se a tiragem e o
horário de distribuição fossem limitados, as publicações se tornariam mais desejadas pelo leitor.
Além das características citadas acima,
o jornal Metro tem um caderno único, em formato de tablóide. Existem duas
formas para que a logística de distribuição aconteça: assistida por um
promotor, quando ele entrega o jornal para as pessoas – seja no carro ou na rua
– ou por pontos fixos, quando os exemplares ficam em um ponto fixo da cidade com
acesso livre para qualquer leitor. No Brasil, a distribuição assistida é mais
bem aceita devido ao contato que o promotor estabelece com os leitores, já a
distribuição por pontos fixos é mais comum em outros países.
Entre 2001 e 2011, o número de circulação
de jornais aumentou de 1,2% para 3,5%, o que leva à conclusão de que as pessoas
ainda consomem conteúdo neste tipo de meio de comunicação. A publicidade nos
meios como TV, internet, jornal, revista etc, teve um aumento de 8,54% de 2010
para 2011. Sendo assim, por ser gratuito, o Metro tem sua receita integralmente
vinda da publicidade.
O fato de o promotor entregar o jornal
pessoalmente ao leitor traz benefícios tanto para o Metro quanto para os
anunciantes que desejam divulgar sua marca, produto ou serviço, pois há a
possibilidade de que sejam usadas formas criativas de contato, o que gera maior
receita ao jornal, tanto pela maior receita – já que os preços variam de acordo
com a complexidade da ação proposta – quanto pela visibilidade do jornal frente
aos leitores e às outras marcas, que posteriormente podem se interessar pelo
Metro como meio de comunicação.
Outro fator importante é a facilidade
que a população tem de ler notícias na internet, geralmente de forma rápida e
prática, o que é muito mais simples do que ler um jornal ou revista inteiramente.
Ao considerar esse cenário, o Metro firma outra característica, que é a entrega
da notícia offline de maneira curta e
objetiva, para que não seja delegado muito tempo para a leitura, já que a sua proposta
inclui leitura no trânsito, no metrô, ou nos tempos livres.
Em concordância com o que foi dito
acima, o Metro quer criar relevância para a população. Este fato está presente
na Rede Editorial do jornal, ou seja, quando é publicado algo em um país que seja
considerado importante para conhecimento mundial, o Metro de São Paulo, por
exemplo, solicita a informação com o Metro do local em que foi publicado. Essa
sintonia foi criada por um trio: O Metro Internacional, o Metro do Brasil e a
Rede Bandeirantes.
Exemplo: Uma entrevista concedida pelo
ex-presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, foi veiculada em outros países,
como Chile, Equador, Hungria, Holanda, México, Portugal e Suécia, assim como a entrevista
de Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas),
sul-coreano, que foi veiculada no Metro Brasil.
A imagem que muitas empresas e pessoas têm dos jornais
gratuitos, é a de que são de baixa qualidade, fartura e público, como se não
fizesse diferença se não existissem. Porém, o Metro mostra que esse pensamento
é limitado e irreal. Possui boa qualidade de impressão, focado,
majoritariamente, nas classes A e B, além de possuir preocupação com o meio
ambiente de maneira perceptível e aplicada nos materiais utilizados, uma vez
que o papel tem certificado FSC (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal), que
garante o rastreamento da matéria-prima desde a sua extração, passando por sua
transformação em papel até a comercialização do item acabado e impressão com
tinta ecológica, à base de soja.
No Brasil, já são 733 mil leitores
semanais na grande São Paulo, sendo 61% do público masculino e 39% do público
feminino. Vale ressaltar que o método adotado pelo Metro vem dando o retorno
esperado, já que de 2010 para 2011, a circulação aumentou 33%.
Ações na distribuição:
Lançamento do iTunes no Brasil
Lançamento da segunda temporada da série Walking Dead:
O canal de TV por assinatura FOX, junto
à agência Z+ Comunicação, escolheram o Metro para a divulgação da segunda
temporada da série The Walking Dead, que gira em torno de uma apocalispe zumbi
que vai em busca de mortos vivos.
A ação foi feita em São Paulo e no Rio
de Janeiro. Atores maquiados profissionalmente de zumbis e promotores, também
fantasiados, entregaram os exemplares do Metro com uma sobrecapa especial com a
sinopse da série, sendo que muitos deles foram entregues em bandejas fazendo
analogia à carne vendida em supermercados e açougues. No entanto, o que estava
embandejado, no caso, era o cérebro humano.
O impacto foi enorme. Motoristas e
pedestres ficavam surpresos e assustados ao mesmo tempo, mas sempre em tom de
diversão. Este, com certeza, foi um case
de sucesso na comunicação em jornais. O Metro, junto à agência conseguiram
oferecer uma dinâmica incrível e inusitada, e à FOX, com certeza foram
creditados benefícios, como um excelente awareness,
isto é, o conhecimento da série, além de um convite à ação muito bem elaborado.
Ana Beatriz Zafalon, Renata Guilardi e Willian Di Gianni Tucci
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