segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sem regras é mais legal



Dizem por aí , que o mundo dos negócios é igual a uma Guerra, onde cada nação ou empresa, escondidos sob a proteção das paredes de seus escritórios, bolam as melhores estratégias e táticas para vencer no campo de batalha. Este campo, nada mais é que as ruas, lojas, enfim, os pontos de venda onde seus produtos ou serviços serão vendidos. A guerra, na verdade pela conquista de riquezas, como sempre porém, neste caso, as riquezas são os consumidores, que são fortemente disputados pelos protagonistas.

Neste cenário, devemos entender os produtos produzidos pelas empresas como a munição e armamentos necessários para as batalhas. Os soldados, não são treinados e enviados para o front pelas empresas, mas sim pelas agências de publicidade e promoção, por meio de uma aliança.

As tropas enviadas pelas agências, podem vir por meio de comerciais, anúncios, peças digitais, ações em PDV, eventos, etc. Sempre existe um jeito mais adequado de atacar ou se defender do inimigo. Existe uma tática bélica bastante conhecida, chamada de guerrilha, onde os combatentes, conhecidos nesta situação como guerrilheiros, fazem ataques com o objetivo de surpreender o adversário e fugir após o feito. Os guerrilheiros geralmente não fazem parte do exército formal de uma nação, são apenas pessoas comuns portanto arma que, de maneira um tanto desorganizada e de rápido planejamento, fazem seus assaltos.

Na publicidade, isso se dá de maneira semelhante. Apesar das ações de marketing de guerrilha serem muito bem planejadas e cautelosamente executadas, o objetivo sempre é surpreender o público, que provavelmente interpretará a ação como se ela fosse algo real, ou seja, algo completamente desvinculado de alguma marca ou campanha publicitária. Após alguns dias ou semanas, eventualmente a empresa por trás da ação revela ao público que se tratava de algo feito pela marca.

Para os que acham que o marketing de guerrilha é algo novo e inovador, estão errados! Apesar das ações vistas hoje em dia deste tipo de estratégia serem sim, bastante inovadoras e criativas, o conceito de marketing de guerrilha surgiu há muito tempo, na época em que a publicidade estava começando a virar uma escola.

Desde então, o mundo se deparou com diversas maneiras diferentes de marketing de guerrilha. Uma delas, e provavelmente a mais desonesta, porém sem dúvida, a mais divertida, é a emboscada. Talvez a explicação mais razoável para esta vertente seja essa: sacanear o concorrente. Para que uma ação de marketing de guerrilha seja classificada como emboscada, é necessário que ela esteja interferindo com alguma ação da concorrência. Por exemplo, na copa do mundo de 94, nos Estados Unidos, o patrocinador oficial da copa no Brasil era a Kaiser. Para não ficar atrás, a Brahma combinou com os jogadores brasileiros que eles mostrariam o dedo indicador, fazendo menção ao número 1, assim que fizessem um gol, ou se ganhassem um jogo. Poucos meses após o término da copa, foi lançada a campanha “Brahma, a número 1”.



Outro método que pode ser bem interessante, é a ação de guerrilha por meio de um viral. Como o próprio nome já diz, a ação deste tipo é vinculada a um viral. Há alguns anos, um pouco antes do ex-presidente americano George W. Bush vir ao Brasil, surgiu na internet um vídeo de uma empresa norte americana, que tinha como proposta convencer a quem o via que a Floresta Amazônica não deveria mais pertencer ao Brasil, e a empresa se propunha a comprar a floresta. Como já se pode imaginar, o vídeo deixou todos os que o assistiram horrorizados. Revoltados, eles começaram a viralizá-lo e se organizaram para fazer um protesto contra George Bush, no dia em que ele chegasse ao solo brasileiro. Ao meio deste protesto, um produto estava estrategicamente bem colocado em meio aos organizadores do protesto: Guaraná Antártica.



Esses exemplos são apenas uma amostra dos extremos que acontecem por aí no mundo below the line. Será que com o advento das novas mídias que estão surgindo atulamente, esse tipo de marketing poderá se tornar ainda mais interessante?







CSOSC6C
Rodrigo Silva
Lucas Zanetti
Thomas Omarsson

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