Dizem por aí , que o mundo dos negócios é igual
a uma Guerra, onde cada nação ou empresa, escondidos sob a proteção das paredes
de seus escritórios, bolam as melhores estratégias e táticas para vencer no
campo de batalha. Este campo, nada mais é que as ruas, lojas, enfim, os pontos
de venda onde seus produtos ou serviços serão vendidos. A guerra, na verdade
pela conquista de riquezas, como sempre porém, neste caso, as riquezas são os
consumidores, que são fortemente disputados pelos protagonistas.
Neste cenário, devemos entender os produtos
produzidos pelas empresas como a munição e armamentos necessários para as
batalhas. Os soldados, não são treinados e enviados para o front pelas
empresas, mas sim pelas agências de publicidade e promoção, por meio de uma
aliança.
As tropas enviadas pelas agências, podem vir
por meio de comerciais, anúncios, peças digitais, ações em PDV, eventos, etc.
Sempre existe um jeito mais adequado de atacar ou se defender do inimigo.
Existe uma tática bélica bastante conhecida, chamada de guerrilha, onde os
combatentes, conhecidos nesta situação como guerrilheiros, fazem ataques com o
objetivo de surpreender o adversário e fugir após o feito. Os guerrilheiros
geralmente não fazem parte do exército formal de uma nação, são apenas pessoas
comuns portanto arma que, de maneira um tanto desorganizada e de rápido
planejamento, fazem seus assaltos.
Na publicidade, isso se dá de maneira
semelhante. Apesar das ações de marketing de guerrilha serem muito bem planejadas
e cautelosamente executadas, o objetivo sempre é surpreender o público, que
provavelmente interpretará a ação como se ela fosse algo real, ou seja, algo
completamente desvinculado de alguma marca ou campanha publicitária. Após
alguns dias ou semanas, eventualmente a empresa por trás da ação revela ao
público que se tratava de algo feito pela marca.
Para os que acham que o marketing de guerrilha
é algo novo e inovador, estão errados! Apesar das ações vistas hoje em dia
deste tipo de estratégia serem sim, bastante inovadoras e criativas, o conceito
de marketing de guerrilha surgiu há muito tempo, na época em que a publicidade
estava começando a virar uma escola.
Desde então, o mundo se deparou com diversas maneiras
diferentes de marketing de guerrilha. Uma delas, e provavelmente a mais
desonesta, porém sem dúvida, a mais divertida, é a emboscada. Talvez a
explicação mais razoável para esta vertente seja essa: sacanear o concorrente.
Para que uma ação de marketing de guerrilha seja classificada como emboscada, é
necessário que ela esteja interferindo com alguma ação da concorrência. Por exemplo,
na copa do mundo de 94, nos Estados Unidos, o patrocinador oficial da copa no
Brasil era a Kaiser. Para não ficar atrás, a Brahma combinou com os jogadores
brasileiros que eles mostrariam o dedo indicador, fazendo menção ao número 1,
assim que fizessem um gol, ou se ganhassem um jogo. Poucos meses após o término
da copa, foi lançada a campanha “Brahma, a número 1”.
Outro método que pode ser bem interessante, é a
ação de guerrilha por meio de um viral. Como o próprio nome já diz, a ação
deste tipo é vinculada a um viral. Há alguns anos, um pouco antes do
ex-presidente americano George W. Bush vir ao Brasil, surgiu na internet um
vídeo de uma empresa norte americana, que tinha como proposta convencer a quem
o via que a Floresta Amazônica não deveria mais pertencer ao Brasil, e a
empresa se propunha a comprar a floresta. Como já se pode imaginar, o vídeo
deixou todos os que o assistiram horrorizados. Revoltados, eles começaram a
viralizá-lo e se organizaram para fazer um protesto contra George Bush, no dia
em que ele chegasse ao solo brasileiro. Ao meio deste protesto, um produto
estava estrategicamente bem colocado em meio aos organizadores do protesto:
Guaraná Antártica.
Esses exemplos são apenas uma amostra dos
extremos que acontecem por aí no mundo below the line. Será que com o advento das novas mídias que estão surgindo atulamente, esse tipo de marketing poderá se tornar ainda mais interessante?
CSOSC6C
Rodrigo Silva
Lucas Zanetti
Thomas Omarsson
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