quarta-feira, 9 de maio de 2012

Advergames: seu passaporte ao Circuito Mágico

A agência Webcore é uma agência digital que desde 2006 vem trabalhando em uma nova plataforma os advergames, criando então a Webcore Games. Fernando Chamis trabalha no atendimento da agência e veio nos ensinar um pouco mais sobre essa nova plataforma midiática.
A indústria de games é a terceira maior do mundo sendo superada somente pela armamentista e automobilística e possui um crescimento de mais de 10% anual. Como um novo formato de campanha publicitaria, os Advergames vem para atender a nova tendência digital no mundo das comunicações. Fruto da junção das palavras, “advertise” e “games”, tem a interatividade como destaque permitindo um maior tempo de exposição da mensagem divulgada.
A grande vantagem dos games é o “deslocamento “ do mundo real onde estão presentes os medos, incertezas, responsabilidades para um mundo fantasioso. De acordo com Fernando é preciso esquecer um pouco a mídia tradicional e experimentar as novidades, dar o controle do conteúdo ao cliente. Como pensar isso com relação a marcas? Estes jogos são utilizados para fixar uma marca ou seus produtos na mente de seus consumidores, sendo esta uma das melhores maneiras de atrair a massa. Não precisam relativamente ser de marcas, podendo também divulgar produtos, idéias, eventos etc. Os Advergames podem estar dispostos em sites, dispositivos móveis, redes sociais entre outros, em alguns casos é necessário um pré-cadastro o que acaba sendo útil para o banco de dados da empresa em voga. Em um advergame o tempo de exposição da marca varia entre 5 a 30 min (o que é praticamente impossível de se atingir através de outros meios).

O primeiro game com essas características foi lançado em 1982 para a Jhonson & Jhonson no console Atari . A partir da década de 90 a idéia foi ainda mais difundida, jogos tais como Tartaruga Ninjas faziam parceria com marcas como no caso a Pizza Hut, o uso de Crossmedia também tornou-se um diferencial importante, quem comprasse o jogo ganhava um cupom para ser trocado na pizzaria.

Os advergames podem ser tanto gratuitos, como o caso da maioria de jogos onlines ou vendidos como, por exemplo, os criados pela Burger King, onde a compra de um combo (sanduíche, batata-frita e bebida) mais U$ 3,99 era possível adquirir uma dentre 3 opções de jogos da marca para o console Xbox; 3,2 milhões desses foram vendidos.  


Há 2 tipos de advergames: Game in Advertising onde o jogador vê um anúncio dentro do jogo, é mais simples e mais barato, é comprado como se fosse uma mídia comum , bastante encontrado em jogos de esportes tais como futebol, automobilístico; Product Placement, o jogador interage diretamente com o produto, marca, por exemplo dirigir o carro de uma marca. Esse último exemplo é mais caro e trabalhoso e alguns produtos e marcas possuem dificuldade de casar o branding com os jogos; a agência tem que estar atenta as regras e cultura da marca.

Empresas como a Gilette, na campanha do produto Mach 3, e O Boticário, em sua linha nova de produtos X-Boy, utilizaram de Advergames para promover suas marcas e produtos. Além do tempo de exposição à marca e a interação com o produto/marca, outro beneficio desses jogos é o estreitamento de relacionamento entre a empresa e seus clientes, esses jogos acabam auxiliando em campanhas de relacionamento e consequentemente fidelizam seus clientes. Os Advergames também podem ser vistos como um tipo de viral pois, uma vez que uma pessoa entra e joga, acaba indicando para familiares e amigos aumentando o número de acessos ao jogo e consequentemente levam o público até a marca ou produto em questão.
Alguns fatores ajudam a atrair o público tais como premiações, brindes da própria marca, descontos, entre outros, são bastante utilizados. Para atrair públicos diferentes é bom possuir diversas versões para diferentes plataformas do mesmo jogo. Um advergame não se sustenta sozinho, deve haver um plano de mídia por trás, publicidade em cima do jogo é extremamente fundamental.
Dentre os advergames os mais comuns estão os jogos casuais, jogos em que não se faz necessário o uso de manual, estes normalmente são dispostos em redes sociais. Há cerca de 3, 4 anos surgiu esse novo mercado para advergames, as redes sociais destacam-se por permitir uma maior interação com seus amigos. O tempo médio em que uma pessoa permanece interagindo com este tipo de jogo é de 30 minutos por dia.

Quem joga?
30,5% do público dos jogos online têm entre 35 e 49 anos
70% dos jogadores preferem jogos casuais; destes 43% são homens e 57% mulheres, entre 25 e 45 anos
No Brasil, 45,8% das mulheres, com acesso a internet, jogam jogos casuais.

Fernando Chamis citou alguns cases interessantes de sua agência, dentre dos quais destacaram-se:

- Case Brahma: Um concurso de perguntas e respostas, 2014 perguntas sobre o tema Copa do mundo foram selecionadas, os melhores classificados no ranking ganhariam os primeiros ingressos para a copa do mundo no Brasil. Essa promoção teve mais de 150 mil inscritos.

- Case Porto Seguro: Um jogo intitulado “Quem Dirige Melhor” foi lançado na rede social facebook, onde homens e mulheres faziam balizas, e um ranking separando as categorias era colocado, o game visava promover o seguro para mulheres da marca. Durante o jogo eram dadas informações sobre o seguro, de forma não invasiva.

- Case futebol Globo: Um game multiplataforma foi lançado, podendo ser jogado on line e mobile, há a venda das “placas”como mídia, cerca de 20 a 30 mil jogadores diários.



E como são feitos os jogos? A empresa ou a agência chegam até a Webcore com uma idéia já pronta e então analisam a melhor forma de estruturar o jogo. Existem também, vezes em que chegam somente com a marca/produto/conceito a serem divulgados e é preciso estruturar uma idéia de game que se adeque. Com a coleta de informações com o cliente, há a interação de diversos profissionais para que tudo saia perfeito e responda às expectativas daquele: o Game-Designer tem as idéias, faz o roteiro; o Artista, aquele que cria o jogo ( dependendo do projeto chama-se diferentes tipos de Ilustrador); o Programador, que irá criar os códigos para programação do jogo; o Marketing, área expertise, trata do negócio em si.

É preciso estar atento a esta nova maneira de se fazer publicidade, pois assim como o mercado evolui as mídias também. E os Advergames já estão mais do que presente na vida dos consumidores.

Grupo:
Juliana Costa
Luiz Guilherme Botelho
Natalia Morales
Paula Stipp
Thamara Mileski
Thanee Motta
6D

Nenhum comentário:

Postar um comentário