A empresa possui uma área – se assim
pode-se chamar- denominada “Prateleira de estudos” que diz
respeito a estudos diferentes dos demais.
Nela, são investigados assunto sem que
os clientes tenham pedido, que podem ser comercializados posteriormente.
Surgiu da necessidade da Limo de
divulgar seu trabalho, uma vez que as solicitações feitas pelos clientes são
confidenciais.
Projeto
Pais Rehab:
Foi o primeiro projeto desenvolvido
para a “prateleira de estudos”, que
tinha como intuito entender a nova paternidade.
A empresa falou com 300 pais, classe A/B/C,
de 18 a 45 anos, em São Paulo (capital e oito cidades do estado), casados,
solteiros e divorciados.
Conversaram, ainda, com especialistas,
pessoas que trazem um pouco da sensibilidade do assunto, psicólogos, enfim.
Metodologias
aplicadas:
Foram realizadas pesquisas
qualitativas, etnográficas, zeppelin (que pesquisa quais são os ambientes que
esses pais circulam), entrevistas com especialistas e análise do contexto
social de que estamos falando.
Como
é o pai de hoje?
Hoje ocorreu o chamado deslocamento do
eixo. O eixo do mundo masculino, do homem machão, está dando lugar a um mundo mais
flexível, que as mulheres têm mais espaço, e isso afeta como os homens e as
mulheres se veem hoje.
Essa Rehab, portanto, deve começar em
casa, uma vez que se existe esse deslocamento, isso começa em casa. As mulheres
estão impondo mais, - “inversão dos papéis” -ela é, basicamente, a grande
decisora, e o pai deixa de ser o herói para se tornar companheiro de jornada.
O homem, então, começa a absorver
outros tipos de comportamento, psiquiatras afirmam que essa “nova paternidade” reforça a
masculinidade e dá mais segurança ao homem, é uma nova via de acesso aos
filhos.
Segundo psicólogo Ailton Amélio, do
Departamento de Psicologia Experimental da USP, hoje se vive em um mundo de
representações, no qual predomina a ditadura do afeto, ou seja, é preciso
demonstrar o amor por meio de atos e práticas. Por isso essa relação dos homens
com os filhos se complica um pouco. "Cada um demonstra afeto de uma
maneira, não é preciso dar todas as mamadeiras e ficar todos os dias ao lado
dos filhos para amá-los. Estar presente e ligado é muito mais do que realizar
as tarefas domésticas."
No que se diz respeito à condução da
carreira, hoje os homens ficam mais em casa, procuram mais a felicidade e o bem
estar.
No cenário internacional empresas já
estudam a possibilidade de permitir aos pais o direito de ter uma “licença
paternidade” para estar com seus filhos assim como é concedido às mulheres.
O
que descobriram?
Insights:
Bônus/ônus:
A culpa masculina
Os pais de hoje eles sentem culpa por
tentarem o equilíbrio entre trabalho e família, a culpa de não poderem levar os
filhos na escola, de terem perdido o primeiro passo, etc.
Mães
controladoras:
As mulheres, por terem assumido a
responsabilidade, impõe o jogo do “ninguém entra”, e então o homem tem mais
dificuldade de entrar, e acaba por ficar com o lazer.
As mulheres reclamam que os maridos
não ajudam, mas o que ocorre é o receio de acharem que “eles não vão fazer
direito”, já que o “direito” seria a maneira como elas fariam.
O
pai aprendiz:
Como criar o filho? Como troca
fraldas? Enfim, eles têm calma em assumir o papel de aprendiz. A mulher, por
conta da transição repentina de dona de casa para o mercado de trabalho, teve
que aprender com o erro, e já alcançou o equilíbrio, já o homem, mostra-se mais
sensível, ainda está na fase de aprender com a falha. Além do que, a figura de
pais que têm como referência é consideravelmente diferente da figura do pai de
hoje.
Ele aprendeu que “todo dia é dia de
circo”, todo dia ele inventa alguma brincadeira, e o dia a dia adquire leveza
quando isso acontece. Este dito “improviso” deu-se, também, por conta da mulher já
ser mãe.Desde criança brinca com bonecas, cuida das amigas, carrega o
filho durante nove meses – o que não deixa de ser uma preparação. Já o homem
não, ele “aprende na hora”.
Com isso, é possível, também, entender
pra onde tudo isso vai caminhar, ou seja, como essa criação vai impactar no
comportamento deste futuro consumidor. Como ele vai se relacionar e como vai
consumir.
Os pais, além de assumirem o papel de
aprendizes, começaram também a reconhecer a grande importância desta dita “mudança”
de suas vidas e passaram – na onda virtual – a compartilhar suas experiências,
mesmo que recheadas de erros, porém cobertas com muito amor, deixando de lado a
“vergonha” do, até então, amor clichê. Existem comunidades virtuais de pais,
sites, e blogs (febre) nos quais os rapazes contam as experiências. Um exemplo
é o "Blog de Pai"
Felicidade
é sucesso:
Não é mais uma bela casa que significa
felicidade para a família, mas sim um lar que o pai consiga ser feliz, e que,
mais que isso, ele possa contribuir para essa felicidade.
Dados:
Quando indagados qual a opção para o
futuro dos seus filhos, o resultado foi:
21% dos pais alegaram que preferem que
seus filhos optem, em suas carreiras, pelo melhor retorno financeiro,
independente de seus sonhos.
78% desejam que seus filhos optem pelo
emprego que lhes fará felizes.
O
que fica para as marcas?
Implicações:
Contexto:
Evitar estereótipos e caricaturas, e
as grandiosidades do dia a dia.
Conteúdo:
Brincadeiras, diálogo com o filho,
ensinamentos pro filho.
Linguagem:
Humor e menos complexidade
Target:
Retomar o protagonismo, pai ainda é
homem, ainda tem uma linguagem muito mais masculina.
Fontes:
Palestra Limo Inc ESPM - 07/03/2012
CSO 6D
Ana Elisa Valente
Samantha Coltro
Thamires Carini
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