quarta-feira, 14 de março de 2012

Limo Inc: Pais Rehab


A empresa possui uma área – se assim pode-se chamar- denominada “Prateleira de estudos” que diz respeito a estudos diferentes dos demais.
Nela, são investigados assunto sem que os clientes tenham pedido, que podem ser comercializados posteriormente.
Surgiu da necessidade da Limo de divulgar seu trabalho, uma vez que as solicitações feitas pelos clientes são confidenciais.

Projeto Pais Rehab:
Foi o primeiro projeto desenvolvido para a “prateleira de estudos”, que tinha como intuito entender a nova paternidade.
A empresa falou com 300 pais, classe A/B/C, de 18 a 45 anos, em São Paulo (capital e oito cidades do estado), casados, solteiros e divorciados.
Conversaram, ainda, com especialistas, pessoas que trazem um pouco da sensibilidade do assunto, psicólogos, enfim.

Metodologias aplicadas:
Foram realizadas pesquisas qualitativas, etnográficas, zeppelin (que pesquisa quais são os ambientes que esses pais circulam), entrevistas com especialistas e análise do contexto social de que estamos falando.

Como é o pai de hoje?
Hoje ocorreu o chamado deslocamento do eixo. O eixo do mundo masculino, do homem machão, está dando lugar a um mundo mais flexível, que as mulheres têm mais espaço, e isso afeta como os homens e as mulheres se veem hoje.
Essa Rehab, portanto, deve começar em casa, uma vez que se existe esse deslocamento, isso começa em casa. As mulheres estão impondo mais, - “inversão dos papéis” -ela é, basicamente, a grande decisora, e o pai deixa de ser o herói para se tornar companheiro de jornada.
O homem, então, começa a absorver outros tipos de comportamento, psiquiatras afirmam que  essa “nova paternidade” reforça a masculinidade e dá mais segurança ao homem, é uma nova via de acesso aos filhos.
Segundo psicólogo Ailton Amélio, do Departamento de Psicologia Experimental da USP, hoje se vive em um mundo de representações, no qual predomina a ditadura do afeto, ou seja, é preciso demonstrar o amor por meio de atos e práticas. Por isso essa relação dos homens com os filhos se complica um pouco. "Cada um demonstra afeto de uma maneira, não é preciso dar todas as mamadeiras e ficar todos os dias ao lado dos filhos para amá-los. Estar presente e ligado é muito mais do que realizar as tarefas domésticas."
No que se diz respeito à condução da carreira, hoje os homens ficam mais em casa, procuram mais a felicidade e o bem estar.
No cenário internacional empresas já estudam a possibilidade de permitir aos pais o direito de ter uma “licença paternidade” para estar com seus filhos assim como é concedido às mulheres. 

O que descobriram?

Insights:

Bônus/ônus: A culpa masculina
Os pais de hoje eles sentem culpa por tentarem o equilíbrio entre trabalho e família, a culpa de não poderem levar os filhos na escola, de terem perdido o primeiro passo, etc.

Mães controladoras:
As mulheres, por terem assumido a responsabilidade, impõe o jogo do “ninguém entra”, e então o homem tem mais dificuldade de entrar, e acaba por ficar com o lazer.
As mulheres reclamam que os maridos não ajudam, mas o que ocorre é o receio de acharem que “eles não vão fazer direito”, já que o “direito” seria a maneira como elas fariam.

O pai aprendiz:
Como criar o filho? Como troca fraldas? Enfim, eles têm calma em assumir o papel de aprendiz. A mulher, por conta da transição repentina de dona de casa para o mercado de trabalho, teve que aprender com o erro, e já alcançou o equilíbrio, já o homem, mostra-se mais sensível, ainda está na fase de aprender com a falha. Além do que, a figura de pais que têm como referência é consideravelmente diferente da figura do pai de hoje.
Ele aprendeu que “todo dia é dia de circo”, todo dia ele inventa alguma brincadeira, e o dia a dia adquire leveza quando isso acontece. Este dito “improviso” deu-se, também, por conta da mulher já ser mãe.Desde criança brinca com bonecas, cuida das amigas, carrega o filho durante nove meses – o que não deixa de ser uma preparação. Já o homem não, ele “aprende na hora”.
Com isso, é possível, também, entender pra onde tudo isso vai caminhar, ou seja, como essa criação vai impactar no comportamento deste futuro consumidor. Como ele vai se relacionar e como vai consumir.
Os pais, além de assumirem o papel de aprendizes, começaram também a reconhecer a grande importância desta dita “mudança” de suas vidas e passaram – na onda virtual – a compartilhar suas experiências, mesmo que recheadas de erros, porém cobertas com muito amor, deixando de lado a “vergonha” do, até então, amor clichê. Existem comunidades virtuais de pais, sites, e blogs (febre) nos quais os rapazes contam as experiências. Um exemplo é o "Blog de Pai" 

Felicidade é sucesso:
Não é mais uma bela casa que significa felicidade para a família, mas sim um lar que o pai consiga ser feliz, e que, mais que isso, ele possa contribuir para essa felicidade.

Dados:
Quando indagados qual a opção para o futuro dos seus filhos, o resultado foi:
21% dos pais alegaram que preferem que seus filhos optem, em suas carreiras, pelo melhor retorno financeiro, independente de seus sonhos.
78% desejam que seus filhos optem pelo emprego que lhes fará felizes.

O que fica para as marcas?
Implicações:

Contexto:
Evitar estereótipos e caricaturas, e as grandiosidades do dia a dia.
Conteúdo:
Brincadeiras, diálogo com o filho, ensinamentos pro filho.
Linguagem:
Humor e menos complexidade
Target:
Retomar o protagonismo, pai ainda é homem, ainda tem uma linguagem muito mais masculina.





Fontes:

Palestra Limo Inc ESPM - 07/03/2012




CSO 6D
Ana Elisa Valente
Samantha Coltro
Thamires Carini










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